O amor não é uma série de TV!

Em um mundo de contos de fadas, séries e filmes com amores perfeitos e redes sociais derramando corações a todo momento, facilmente somos condicionados a acreditar e idealizar um elixir na flecha do cupido pronta para disparar e iniciar uma fase cor de rosa na nossa vida, e isso vem criando uma geração de jovens – e nem tão jovens assim – inseguros e desapontados com os relacionamentos e praguejando sobre o amor.

Seja no Valentine’s Day, no nosso tradicional Dia dos Namorados ou em diversos momentos do ano, vemos uma horda de solteiros maldizendo o amor e/ou comemorando sua “solteirisse” e a sorte de estarem livres do sofrimento e da dor de estar acompanhado. E eles ao menos se dão conta que aquela velha e batida frase: “antes só do que mal acompanhado” é o que deveria ser o ideal de relacionamento perfeito e não os cavaleiros que atravessam reinos distantes para salvar suas mocinhas.

A sociedade evoluiu muito, para que hoje homens e mulheres possam ser felizes com os parceiros que escolherem, ou com nenhum parceiro, ao invés de termos que aturarem casamentos arranjados e uniões fadadas ao fracasso, recheadas de abusos e infelicidades. Então por quê não aproveitamos essa benção de termos o direito de sermos felizes? Por quê sempre temos que encontrar um jeito de boicotar a nossa felicidade – e a do coleguinha ao lado – se prendendo a esteriótipos que nunca serão alcançados? Não sei também, só sei que a juventude tem que começar a perceber que aquele romance perfeito só existe na TV.

Na vida real há desentendimentos, decepções, dúvidas, tristezas, mágoas, erros, mas também há conquistas, companheirismo, alegrias, desculpas e acertos. Como tudo nessa vida há partes boas e ruins, e cabe a cada um saber que isso é ser humano.

Esperar viver uma história perfeita é perder as oportunidades que a vida nos dá de vivermos momentos incríveis e que fogem a regra de qualquer personagem famoso; uma aventura real.

Que nesse Valentine’s Day a regra seja o amor e a alegria, que cada um possa celebrar sua escolha de maneira sábia e honesta. Pois a vida é uma só – e é tão curta – para perdemos nosso tempo e energia idealizando ao invés de realizando. Aproveitem a vida e sejam felizes, ponham o pé no chão e mandem um bilhetinho – pode ser uma mensagem já que estamos falando de vida real – pra aquele seu “crush”, assuma seus sentimentos, deem voz aos sentimentos por mais absurdo e estranhos que eles pareçam para vocês – e para a sociedade – pois quanto mais os bons calarem os bons sentimentos, só sobrará a solidão e a indiferença.

Celebrem a vida, o amor, a alegria com seus parceiros, com seus amigos, ou apenas consigo mesmo. Cuide de manter viva a chama que move o mundo, que ilumina de verdade as mentes que idealizam esses romances que nos encantam. Seja o romance que você quer viver, e não espere que um romance pré-fabricado seja a sua felicidade, afinal a vida é água corrente e não plástico moldado.

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