Quando me protagonizei

Quando parei de me culpar por não dar conta de tudo, que em minha mente, eu tinha obrigação de dar, comecei a ter menos dor nas costas…

Quando passei a não culpar meu pequeno filho que acordava diversas vezes na noite pelo meu cansaço, passei a aproveitar melhor nossos momentos juntos.

Quando passei a não culpar o marido pela casa sempre bagunçada e fora de ordem, comecei a enxergar um lar.

Quando passei a não culpar minha mãe por nunca ter me forçado a fazer o serviço de casa, comecei a traçar estratégias para manter tudo em ordem com o menor esforço e tempo desprendido possível.

Quando passei a parar de culpar o mercado pela baixa de clientes, decidi reestruturar minha marca e investir em meus conhecimentos.

Quando deixei de reclamar que meu dia não rendia e que não tinha tempo para nada, comecei o curso de espanhol que tanto queria fazer…

Quando comecei a protagonizar minha vida as coisas passaram a ser mais leve.

Quando aprendemos que nosso fardo nunca será maior do que podemos carregar, passamos a enxergar as adversas situações da vida de maneira mais leve, não importa o tamanho do peso que ela realmente tenha.

Quanto mais focamos no problema, no que não queremos, no que não conseguimos resolver, mais longe ficamos da solução e por mais clichê que possa parecer, a chave da nossa felicidade está aqui, no nosso bolso.

Bolso esse que as vezes pode ser fundo, bagunçado, cheio, rasgado… mas se fizermos um rebolado e enfiarmos a mão bem la no fundo iremos encontrá-la.

Única e certeira para abrir as portas para tudo o que queremos ter, ser… viver!

Não que tudo seja fácil, florido e cheio de Swarovski cintilando como em um conto de fadas, mas que possamos olhas para os problemas e saber que somos maiores que eles, não importa que eles pareçam gigantes prontos a nos esmagar, pois eles terão o tamanho que colocarmos neles.

Pelo menos por hoje, eu decidi que meu problema era do tamanho de uma baratinha, que eu pisei e estraçalhei sem pensar duas vezes.

Matando de vez toda sujeira que ela carregava em si.

E você, vai enfrentar suas baratas ou esperará o gigante te engolir?