IT – O Palhaço Assassino.

A internet está em polvorosa com a febre dos “palhaços macabros” ou “palhaços assassinos”, mas vocês sabem de onde vem essa lenda dos temidos narizes vermelhos?

O medo de palhaço é algo recorrente em muitas pessoas, que desde crianças sentem verdadeira repulsa dos mais comuns animadores de festas infantis, e isso deu asas a imaginação do maravilhoso escritor de terror e suspense Stephen King.

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Capa do livro de Stephen King – Versão Brasileira.

Em 1986 o escritor publicou o livro “It” que foi traduzido para o português como “A Coisa”. O livro conta a história de sete indivíduos que, quando crianças, enfrentaram uma criatura centenária que se alimentava do medo e mudava de forma, ora chamada de It (Coisa), ora de Pennywise (o palhaço Parcimonioso) na cidade fictícia de Derry, no Maine, e após 30 anos a criatura volta a matar crianças. Michael Hanlon, um bibliotecário e único do grupo dos sete amigos que continuou morando em Derry é o primeiro a sentir sua presença e assim ele liga para Richard Tozier (o brincalhão piadista), Eddie Kaspbrak (o fracote hipocondríaco), Stanley Uris (o escoteiro), Beverly Marsh Rogan (a garota do grupo), Ben Hanscom (um gordinho tímido) e Bill Denbrough (espécie de “líder” do grupo), pois todos quando jovens juraram combater “a coisa” caso ela surgisse outra vez. Mas eles não levaram em conta que tal juramento poderia custar suas vidas. Quatro anos depois, em 1990 o diretor Tommy Lee Wallace adaptou a produção de King para as telonas, no tenebroso filme “It”.

Contudo, de onde vem a lenda que inspirou a trama? Vem de John Wayne Gacy, um terrível assassino em série americano, conhecido como o “Palhaço Assassino”. Acusado de matar pelo menos 29 garotos. John foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte –  dá para ver que o cara não era nada gente boa. Porém segundo os arquivos, nem sempre John foi um assassino cruel. Nascido em Chicago em 1942, durante toda sua adolescência foi espancado e humilhado por seu pai alcoólatra, que chegou a causar-lhe um traumatismo craniano aos 15 anos. Em seu histórico violento além de assassinato conta com abuso sexual, tortura e oferta de drogas a fim de “conquistar” suas vítimas e atraí-las para seu  “abatedouro”. Diagnosticado com transtorno de boderline e esquizofrenia, John foi morto através de injeção letal em 1994.

Além desse caso, há lendas sobre palhaços assassinos em todo o mundo nas mais variadas épocas que vivemos o que alimenta sempre o medo em muitas pessoas – o que é bem aceitável, tendo vista suas caracterizações e histórias.

Mas especula-se que o que trouxe a tona essa onda de casos de aparições de palhaços as páginas dos jornais – e as redes sociais – é o remake da obra de Tommy Lee Wallace, previsto para estrear em 2017 nos cinemas.

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Banner do remake do filme IT, de 2017.

Mas como nem todo mundo é mal intencionado – e nem tem medo de palhaços –  a linda maquiadora artística Karen Lima, trouxe em seu canal do Youtube um tutorial de maquiagem inspirada nos palhaços macabros.

E as histórias de palhaços inspiram não só a literatura, maquiagem e o cinema, como a música. A dupla de rap norte americana Insane Clown Posse se inspira nos palhaços macabros em seu visual e suas letras – algumas que não falam nada além de assassinatos e violência.

Sabendo de tudo isso, só nos resta aguardar os próximos capítulos dessa aterrorizante história e torcer para que tudo não passe de um jogo de marketing, e que não tenhamos novamente uma onda de terror e crueldade vinda dos picadeiros para as páginas policiais.

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Cena do filme It, de 1990  – Fonte: Internet.

Christine, a bela máquina de matar!

Quem acompanha vários filmes produzidos nas décadas de 80 e 90 sabe que nesse período havia certo clichê bem comum, utilizado pelos diretores e produtores de filmes de terror, que era o uso do “algo assassino”. Há uma infinidade de filmes com protagonistas assassinos bem estranhos, assim como o “Tomate assassino”, e alguns mais psicológicos como o nosso indicado de hoje, o “Christine, o carro assassino”.

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Fonte: Divulgação

Lançado em pelo diretor, Christine é um belo carro dos anos 50, com cores e curvas perfeitas e com poderes de consertar-se automaticamente. Seu único defeito é matar. Descontrolada e possessiva Christine mata todos que mexer com ela ou com seus donos.

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Fonte: Divulgação

Embalado em uma trilha sonora fantástica, como quase todas dos filmes de terror oitentistas, o filme traz um tema clichê com um enredo muito envolvente com crescimento linear psicológico dos personagens muito condizente com o decorrer da história.

Mesmo com todos os elementos de um bom clichê, Christine te prende do começo ao fim sem se tornar maçante, e incrivelmente não é lotado de “jump scares” manjados e óbvios.

E por hoje é isso, não se deixem enganar por lindos carros, às vezes eles podem te matar.

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Cena do filme: Arnie dentro de seu carro