Resenha Literária: A Garota da Música, Karina Heid

Resenha Literária: A Garota da Música, Karina Heid

A bela garota popular encontra o pobre garoto quebrado, à beira da estrada, em uma noite chuvosa e suas vidas são entrelaçadas para sempre.

Quem diria que a patricinha poderia se apaixonar pelo punk rebelde? Quem diria que o rebelde, irresponsável e instável iria embora sem dizer adeus e transformar sua história com a bela Lis em uma canção – nada de amor – popular nas paradas de sucesso?

Assim é o desenrolar da história de Gabriel, vocalista da banda de rock Bandits e Lis; a garota da música.

A GAROTA DA MÚSICA

Primeiramente Karina Heid propõe uma releitura em um ponto de vista diferente, para a famosa música Skater Boy, da cantora e multi-instrumentista canadense, Avril Lavigne.

A canção original de 2002 retrata uma bailaria tipicamente “patricinha” que sofre as consequências de ter deixado o garoto rebelde, engravidado e ficado sozinha, assistindo sua ascensão de longe enquanto ela estava em casa sozinha cuidando da criança e ele brilhando com outra namorada.

Capa - A Garota da Música

Capa – A Garota da Música

Já em “A Garota da Música” as coisas parecem ser bem diferentes. Quando Lis conhece Gabriel, mesmo contrariando tudo o que deveria ser seguro e normal para ela, uma inesperada atração os movem no sentido um do outro.

A patricinha solitária vive para cuidar de sua mãe, em fase terminal de câncer, e encontra no roqueiro rebelde um porto seguro para suas noites sozinhas pela casa.

Em contrapartida, o jovem traumatizado pelo abandono da mãe e os maus-tratos do padrasto, encontra na jovem uma luz em meio as suas trevas.

passado e presente.

Entre cenas no presente e memórias do passado, a história de Lis, a “vadia da música” que fez Gabriel ir para o topo das paradas de sucesso, inesperadamente se cruza com o badboy internado entre a vida e a morte, vítima de uma overdose.

Quase uma década se passou e muitas coisas mudaram, e apesar do desejo de nunca mais reencontrar o roqueiro, Lis não pôde mais evitar manter seu segredo à salvo do rebelde irresponsável que a abandonou e fez sucesso sobre um desentendimento do passado.

Surpreendentemente o rockstar se recupera e não hesita em procurar por Lis em busca de respostas sobre Chris, seu filho que ficou para trás quando partiu para se tornar uma estrela do rock, as custas da reputação da moça.

Muitas memórias serão remexidas, um sentimento antigo que pode ser reacendido com um sopro e feridas que talvez doam demais mesmo depois de cicatrizadas. Entre a dor e o perdão haverá rendição? Um final feliz aguardando o punk e a garota da música depois de tudo?

Conclusões.

Eu não tinha nenhuma expectativa sobre esse livro, afinal, não conhecia o trabalho da Karina Heid e só queria uma leitura rápida para um sábado qualquer. Bom, fui deliciosamente surpreendida com uma história muito interessante.

Algo que me chamou a atenção é como a Karina desenrolou uma visão totalmente diferente do que a canção original abordava, o que eu nos 16 anos desde que ouvi pela primeira vez nunca havia parado para pensar.

Realmente é uma letra bem machista e unilateral de algo que julgamos sem ao menos nos preocupar em conhecer os fatos, mas ainda sim não é difícil de repetir o ato na vida real.

De fato é uma leitura leve e rápida, e em certas parte até bastante divertida, mesmo não sendo o teor principal da trama. Uma história de superação, redenção e segunda chance de aquecer o coração.

Não encontrei nenhum gatilho e mesmo tratando de alguns assuntos delicados no decorrer da trama, não identifiquei nada que me causasse desconfortou ou mal-estar.

Se você gosta de livros que abordem romances juvenis, rockstar e família é provável que você goste muito de “A Garota da Música”, assim como eu gostei.


Espero que tenham gostado dessa resenha literária de A Garota da Música, da Karina Heid.

“A Garota da Música” está disponível na Amazon e pelo Kindle Unlimited.

Vejo você por aí…

Tchau!

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