TAG diferentona: eu leitora, escritora e doida das TAG’s

TAG diferentona: eu leitora, escritora e doida das TAG’s

Hoje é dia #tbt e eu larguei o dedo nas publicações nostálgicas mexxxmo…

Para concluir esse clima de nostalgia, eu venho trazer algo que eu quase nunca mostro: minha cara! É, eu vim responder uma TAG diferentona e contar um pouco de mim como leitora e escritora. Essa TAG diferentona eu encontrei no blog @leiturasegatices.

Primeiramente deixa eu contar um pouco mais sobre a minha vida…

Eu, Valeria Torres e a leitura!
Minha avó na festa de 85 anos

Minha avó na festa de 85 anos

Eu comecei a ler muito cedo pros padrões da época. Minha avó que veio do interior do interior do interior de SP, não aprendeu ler nem escrever e sempre me incentivou a aprender, pois como ela diz “a pessoa que sabe ler e escrever já começa na frente”. Por muitos anos, eu não entendia bem esse ponto. Era natural para mim, já que mesmo antes de ir para a escola eu já sabia ler coisas mais simples como quadrinhos, escrevia histórias das minhas Barbies e etc. Quando entrei na escola, o amor só cresceu! Eu ficava ansiosa pelas aulas de literatura e gramática.

Eu devorava os livros, sério! Desde os juvenis “água com açúcar” aos clássicos, aonde surgiu meu amor por Machado de Assis e a literatura brasileira. Lia dia e noite. Todo meu tempo livre era gasto em livros (e meu dinheiro também).

Quando mais o amor ia crescendo, mas eu tinha certeza que ele seria eterno…

No ensino médio eu representei Solfieri, um conto de “Noite na Taverna“, de Alvares de Azevedo e fiz a acusação de Capitu, do meu romance preferido, Dom Casmurro. Terminei a escola com a certeza de que eu trabalharia com as palavras. Fiz dois anos de cursinho, aonde me apaixonei mais e mais por elas enquanto estudava para o vestibular de letras e jornalismo. Reprovei em uma, passei na outra mas por motivos burocráticos não cursei nenhuma e fui fazer a segunda coisa que eu mais

Eu me tornei uma fotógrafa e amava a profissão que eu tinha escolhido para minha vida, e então as minhas palavras eram a luz e minhas histórias as imagens. Mas nunca deixando de lado meus livros. Entre um evento e outro, um show e outro, um ensaio e outro… lá estava eu com a cara neles.

Aos 20 anos comecei a escrever “meu primeiro romance”, na baia de uma empresa de pesquisa de mercado, entre uma ligação e outra sobre caminhões e carros, eu escrevia sobre as maluquices da minha cabeça de jovem adulta confusa.

Enquanto a gente cresce a vida acontece…

Vivi alguns romances, vi amizades brotarem do mais puro nada e algumas que juraria serem eternas morrer sem o menor aviso.

Os anos passaram, a vida aconteceu. Decepções, desilusões e cada vez mais eu me afastei das histórias que antes eram minhas fiéis escudeiras, deixando de lado uma parte de mim.

Por vezes eu até tentei! Pegava no livro e logo minha cabeça não estava mais nele, nem na realidade e sim numa espiral de pensamentos desconexos que não me faziam bem. Fechava-o e me fechava cada vez mais.

Meu marido me deu um exemplar de “O amor é um cão dos diabos” de Charles Bukowski que eu queria há anos e nem assim me animava a encarar as palavras. Não me sentia mais “digna” de seu tempo.

Mais anos se passaram, mais a vida CONTINUOU.

Voltei a escrever em 2015, com o apoio do meu marido criei o antigo blog Olhares & Lugares, para quem não conhecer. Me tornei colunista no Universo Retrô e no Bela Tatuada e fui me abrindo para o mundo das palavras novamente.

Livro Me Poupe! - Nathalia Arcuri

Livro Me Poupe! – Nathalia Arcuri

Quando a Nathalia Arcuri lançou seu livro “Me Poupe!” eu vi que eu precisava encarar esse bloqueio, afinal, ele já tinha se estendido por tempo demais e eu precisava voltar a ler e beber de mais uma fonte de conhecimento e estudos.

O adquiri e com ele três meses de Kindle Unlimited da Amazon. O li, li mais alguns de finanças e minimalismo, que eram o meu foco de busca pelo autoconhecimento e numa madrugada complicada eu decidi dar uma chance a esse tal de Kindle Unlimited.

voltando a ler como nos velhos tempos
Não se paixone por mim da L C Almeida

Não se paixone por mim – L.C Almeida

Pesquei por horas uma capa que me chamasse tanta atenção quanto a sinopse, até que encontrei um chamado “Não se apaixone por mim“. Cliquei e comecei a leitura. Não estava confortável mas a história parecia ficar melhor a cada instante e eu insisti até perceber que o dia estava amanhecendo e que tinha concluído não só a noite sem nenhum problemas quanto ao livro.

Nas semanas seguintes eu li todos os títulos disponível daquela autora que me encantava com suas palavras. Jovens, altivas e tão próximas mesmo dentro de um livro. Era exatamente como eu me sentia em outrora, quando eu era a louca dos livros, viciada nas palavras e que amava escrever sobre tudo o tempo todo.

E foi assim… desde Dezembro de 2018 que eu voltei para as palavras e cada vez mais tendo a certeza que é isso que eu quero fazer da minha vida até o meu último suspiro (se alguém disser que eu chorei escrevendo esse post está mentindo).

Agora que eu dei uma resumida da minha história com a literatura, vamos a Tag Literária, então?

TAG DIFERENTONA!!!

1. Só eu que li? – Um livro que a maioria das pessoas desconhece, mas você leu.

Levando em consideração que a moçada jovem não é muito atraída pelos clássicos e muito menos pros clássicos fora do Mainstream, eu vou chutar que só eu li Os Lusíadas, de Camões. É uma leitura longa, massante e bem chata no padrão dinâmico dos jovens, mas vale a pena!

2. Só eu que não gostei? – Um livro aclamado, menos por você.
Não sei se aclamado é a palavra mas “Um bebê inesperado” da Juliana Dantas pode entrar nessa categoria já que nos grupos em que participo pouquíssimas não estão em frenesi por ele mas eu não gostei. Tem resenha aqui no blog por sinal para quem quiser saber porquê eu não gostei.
3. Só eu que vi apenas o filme? – Um livro que você quer muito ler, mas só assistiu ao filme.
Bird Box. Eu vi o filme depois de um monte de spoiler e acho que para uma mãe que recém saiu do puerpério e ainda tem muitas lutas internas, deve ser interessante.
4. Só eu que não li nada dele(a)? – Um autor famoso de quem você nunca leu um livro.
H.P Lovecraft. Meu cunhado fala dele desparadamente mas nunca li nada da sua obra.
5. Só eu que gostei do malvado? – Um livro com um vilão (ou não-herói) pelo qual você torceu mais do que pelo mocinho.

Essa é tão fácil que nem dá vontade de responder. DAMON SALVATORE, de Diários do Vampiro da L.J Smith (e do seriado, porque mano…)

6. Só eu que acho que panela velha é que faz comida boa? – Um livro já desgastado, mas que você ama.

Dom Casmurro, de Machado de Assis. Toda vez que eu li ele tive uma perspectiva diferente da história e já estou ansiosa para lê-lo de novo para um projeto que vai vir pro Canal.

7. Só eu que leio nacionais? – Um autor nacional que você adora.

L.C Almeida, a responsável por esse retorno literário, como citado no começo do post.

8. Só eu que amo clássicos? – Um livro clássico que você gostou.
Só para não repetir Dom Casmurro, vou de Perto do Coração Selvagem da Clarice Lispector.
9. Só eu que li antes de virar filme? – Um livro que foi/vai ser adaptado para o cinema e você leu antes.
Amanhecer da saga crepúsculo, li ele em inglês ansiosa pelo final da saga, muito tempo antes de ir para as telonas.
10. Só eu que odiei o (a) principal? – Personagem principal que você odiou.

Eu dificilmente odeio um personagem, mas quando acontece é difícil de continuar a leitura, em contrapartida eu vou colocar Julie no livro “Um bebê inesperado”. Já que mesmo eu não a odiando nos primeiro livros, neste ela beira o perigo social.


Apesar do post ter ficado imenso, dessa forma eu acredito que você consiga me conhecer um pouco além das resenhas por aqui. Espero que você tenha gostado dessa TAG diferentona e conhecer eu como leitora, escritora e doida.

Saiba mais sobre Valeria Torres, a autora do Blog! e não deixe de conferir os Cinco motivos para ler Mais Que Amigos.

Vejo você por aí.

Tchau!

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